Anoitece e o céu descansa

As árvores engrandecem, a sua sombra ominosa.

Trancados. Enlouquecidos. O vírus avança.

A praça silenciada; o restaurante que não abre; a nossa existência: criminosa.

 

O planeta relaxa, respira e cura-se

De uma infeção para outra – dois males fazem um bem.

A sua cruel justiça escuta-se

Sob o pânico e terror que foi e ainda vem.

 

Sozinho eu discurso.

Palavras, o meu recurso.

Isolado eu cresço.

Confinado, convalesço.